Ampulheta do tempo
Escorre de grão em grão,
Arei vivida já escorrida
Vira pó não volta a ser grão.
O tempo me escorre entre os dedos
A vida me escapa das mãos,
Retorna o grão a poeira
Nuvem dissipando no tempo
Fumaça lembrança em pensamento.
Não posso parar o tempo
Não posso andar pra traz,
Só posso sentir saudade
Que a fumaça me traz.
Retenho em mim a areia
Saboreio cada grão
Que escorre da ampulheta
E me escapa das mãos.