OBRA DO CRIADOR
Nos pampas do Rio Grande, na terra onde eu nasci
Sopra o vento minuano arteiro igual guri…
Faz reboliço onde passa e de fato nem disfarça
Que gosta mesmo é daqui…
Há quem olhe e se encante com o bailado das folhas,
Que meio a contento são cabrestiadas pelo vento…
Oh! Minuano aguerrido quando me pego distraído
Viajo na tua garupa a onde a vista alcançar…
Sei que é aqui, na minha querência amada
Que um dia vou repousar…
Fronteira, missões ou serra… no pampa ou na capital
Não há sequer um vivente que não gabe contente
O orgulho da nossa gente da campanha ao litoral,
Gaúcho não é orelhano, sabem bem onde nasceu
Por mais que campeie o mundo a fora
Há apenas um lugar que o gaúcho chama de seu,
Onde o vento de rédea solta a reveria do tempo
Pastoreia os campos, afeita as árvores…
Feito cantiga sibilada no compasso do criador
Há quem olhe e pense…
Deus é gaúcho, sim senhor!