Me sinto sufocar em um mundo maior que o exterior, não consigo respirar, não consigo ligar a luz e o caminho é tão diferente… Não reconheço mais o perfume nem os ladrilhos do meu jardim… Sei que havia por aqui um banco, onde está a praça onde o amor iluminava meus olhos?… A luz tem hora para apagar… tateio no escuro procuro a janela, aquela eletrizada onde entreguei meu beijo mais doce, a praia deserta de areia quente onde menina sonhadora foi me apresentado o amor, as pitangueiras carregadas em fruto e flor, os questionários respondidos…
O jogo da vida apita o segundo tempo e a goleira solitária lamenta a saudade, a vida lamenta o livro emprestado que não foi lido… ali o amor protegido pelo tempo faz companhia ao desejo…
Eternamente meu, pra sempre eu…