Deveras, serei eu capaz de perdoar de entender os erros a capacidade que todos nos temos de errar? Serei eu capaz de entender que não tenho o direito de julgar quem dera de condenar… De aceitar as ofensas que a mim são proferida e simplesmente seguir minha vida? Serei eu realmente capaz de perdoar sem me sentir superior, sem cometer o pecado da vaidade, sem afetar a minha integridade espiritual?…
São perguntas difíceis de responder, para quem busca a verdade da sua real condição humana, não aquela que é exposta à sociedade, mas sim quem é na realidade.
Teria eu traído Jesus se fosse eu ali no lugar de Judas, teria eu agido diferente?
Com certeza por dinheiro algum eu trairia aqueles que cativam minha confiança, mas se a moeda fosse outra, se o trair significasse a vida… Por quem você morreria?
Cometo pecados, mas respeito os mandamentos ou pelo menos eu tento.
Tenho em mim um guia que me norteia o caminho, que me alerta dos perigos e me chama a razão, presente em meu pensamento, atento a tudo que penso, minhas leis, meus mandamentos, a consciência que me aponta firmamento.
Quantas vezes virei o rosto para não ver o mendigo passando, se procurasse certamente acharia alguns trocados na carteira, no fundo da bolsa ali jogados… Sim, já dei muitas esmolas, mas as moedas que eu deixei de dar o quanto irão pesar?…
Quantas foram às vezes que me desesperei com problemas pequenos, quantas vezes orei e pedi ajuda e eu mesma não me ajudei e ainda assim reclamei
E aquele casaco, quantos invernos passou guardado, esquecido no roupeiro, eu gostava muito dele para doa-lo, mas muito pouco para usa-lo, é tão contraditório…
Eu já joguei pão no lixo, pão no lixo… é, eu já fiz isso! Já briguei com irmão, ofendi com e sem razão. Deixei de sair porque não gostei da roupa, torci o nariz pra comida, muitas vezes fui metida. Já me achei melhor que os outros e é com vergonha que digo que não precisei de muito esforço. Senti ódio, raiva, desamor… Já causei e senti dor.
Já pequei contra mim mesma, trai meus princípios… já disse não aceito isso e depois aceitei, sim, eu já errei! O erro pode mudar de endereço, mas mesmo assim contínua sendo erro…
Digo mais não que gostaria e mais sim que deveria… que mãe não me entenderia? Amo completamente qualidades e defeitos, mas isso não quer dizer que não os vejo, reclamo de mais, brigo de mais, luto ainda mais… amo muito, muito mais!
Nunca matei, mas sei que poderia, por aqueles que eu mataria eu também morreria, porém, isso não muda a verdade que pelo motivo certo todos nós podemos cometer maldade.
Também erro, mas sempre tentando acertar, assim fica mais fácil de me perdoar, não odeio ninguém, fico com raiva ofendo sou ofendida, mas isso faz parte da vida do quanto humano podemos ser e é isso que não podemos esquecer.
Não falo pôr as costas, não prático a falsidade… eu choro com certa facilidade, sou mais emoção que razão, meio espiritual mais intuitiva que o normal. Acredito na lei do retorno procuro cuidar do meu jardim… do amor que a em mim.
Certezas eu tenho dúvidas também e quem não as têm? Já realizei sonhos, outros ainda não, alguns já descartei, outro reinventei! Mas, o fato é que de sonhar eu nunca deixei.
Conheço bem a vaidade já flertei com a luxúria. Desprezo a inveja e a cobiça elas despertam a minha ira… ais um pecado quem diria, mas eu trato os outros como eu quero ser tratado, não tolero a mentira não entendo a traição.
Prefiro perdoar que ser perdoada, para mim, é difícil aceitar que estou errada, eu me conheço, sei bem dos meus defeitos, fraquezas e qualidades, por certo eu também as tenho em uma boa quantidade.
Por vezes posso parecer dura, regida de mais comigo mesma, mas não é minha opção entre ter e ser a uma vasta imensidão.
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